Na quinta-feira, 10 de outubro, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta sobre uma tempestade solar severa, desencadeada por uma intensa erupção solar. De acordo com os cientistas do Grupo de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da NOAA, essa tempestade pode atingir níveis “extremos” ao bombardear a Terra com partículas carregadas, com potenciais consequências significativas.
O Que é a Tempestade Solar
O fenômeno foi causado por uma ejeção de massa coronal (CME), uma nuvem de material solar carregado, que colidiu com a Terra por volta do meio-dia, provocando uma tempestade geomagnética classificada como “severa”. Esse tipo de tempestade pode impactar redes de energia, sistemas de GPS e comunicações via rádio, além de intensificar as exibições da aurora boreal em regiões que normalmente não as presenciam.
Aurora Boreal Visível em Regiões Inusitadas
Segundo a NOAA, com o céu claro, a aurora boreal poderia ser vista tão ao sul quanto o estado do Alabama e a Califórnia do Norte na noite de quinta-feira. Esse é um efeito visual impressionante que geralmente é restrito a áreas mais ao norte, mas as condições geomagnéticas causadas pela tempestade solar podem ampliar a visibilidade em latitudes mais baixas.
Chegada da Ejeção de Massa Coronal
A ejeção de massa coronal (CME) chegou à Terra às 11h17 EDT (15h17 GMT), desencadeando uma tempestade geomagnética severa de classe G4 às 12h57 EDT (16h57 GMT). Esta classificação indica um nível de severidade que pode ter impactos substanciais em infraestruturas tecnológicas e sistemas elétricos em várias partes do planeta.
Risco de Níveis Extremos
Ainda há chances de que a tempestade solar possa atingir níveis de classe G5, que seriam considerados “extremos”. De acordo com a atualização do SWPC, a tempestade geomagnética continuará se desenvolvendo até sexta-feira, 11 de outubro, representando um perigo potencial para diversas infraestruturas tecnológicas na Terra.
Impacto na Infraestrutura Terrestre
As principais preocupações são relacionadas ao impacto da tempestade geomagnética nas infraestruturas elétricas e de comunicações. Tempestades solares severas podem causar apagões em larga escala, como ocorreu em 1989, quando uma tempestade solar maciça resultou em um blecaute generalizado em partes do Canadá e estados do nordeste dos EUA.
Furacão Milton e Outras Ameaças Climáticas
Além da tempestade solar, áreas como Carolina do Norte e Flórida, já sofrendo com os efeitos dos furacões Helene e Milton, estão particularmente vulneráveis. A NOAA alertou que essas regiões, que já enfrentam interrupções no fornecimento de energia, podem ser ainda mais impactadas pela tempestade solar, aumentando os riscos de falhas mais amplas nas redes elétricas.
Estresse Adicional nas Redes de Energia
As redes de energia já enfraquecidas pelos furacões podem sofrer danos adicionais devido à interferência gerada pela tempestade geomagnética. As autoridades já notificaram a FEMA e outras agências estaduais envolvidas nas operações de recuperação sobre a ameaça adicional representada pelo evento solar.
Precedentes de Tempestades Solares Severas
A tempestade geomagnética de classe G4 emitida na quinta-feira foi apenas a segunda desse tipo desde 2005, de acordo com a NOAA. Um evento similar ocorreu em maio deste ano, quando uma série de erupções solares enviou múltiplas CMEs em direção à Terra, criando exibições espetaculares de auroras tão ao sul quanto o Alabama.
Erupções Solares e Ejeções Coronal Recentes
A CME que desencadeou a tempestade geomagnética de quinta-feira foi associada a uma erupção solar de classe X1.8, uma das várias erupções de classe X que o sol tem produzido nas últimas semanas. A mais poderosa, uma erupção X9, ocorreu em 3 de outubro, e, no dia da tempestade, outra erupção X1.4 foi registrada, sinalizando que a atividade solar continua intensa.
Intensidade e Frequência das Erupções Solares
As erupções solares de classe X são as mais poderosas, e a sequência de eventos recentes sugere que o ciclo de atividade solar está em uma fase particularmente ativa. Isso aumenta a probabilidade de mais eventos geomagnéticos severos, o que coloca infraestruturas tecnológicas e sistemas de comunicação em alerta.
Ameaças Continuadas e Monitoramento
As autoridades continuam a monitorar o progresso da tempestade solar, alertando que os impactos podem persistir ou se intensificar nas próximas horas e dias. Os cientistas estão observando atentamente a atividade solar para fornecer mais atualizações e recomendações de segurança, à medida que o evento evolui.
Resumo para quem está com pressa:
- Tempestade solar severa atinge a Terra e pode atingir níveis extremos.
- Impactos podem incluir falhas em redes elétricas e sistemas de comunicação.
- Aurora boreal pode ser vista em regiões mais ao sul, como Alabama e Califórnia.
- Áreas afetadas pelos furacões Helene e Milton correm maior risco de apagão.
- A tempestade pode continuar até sexta-feira, com possíveis aumentos de intensidade.
- Erupções solares de classe X, incluindo uma recente X1.8, estão por trás da tempestade.