Demis Hassabis, CEO da DeepMind (braço de IA do Google), afirmou que não teme um “apocalipse dos empregos” causado pela inteligência artificial, mas sim o risco de essa tecnologia poderosa cair nas mãos erradas.
Durante o festival SXSW em Londres, Hassabis destacou que o grande desafio é proteger modelos avançados de IA de usos maliciosos, como manipulação, fraudes e até ciberataques. Ele acredita que “agentes mal-intencionados” podem usar a IA para causar danos significativos, se não houver regras claras.
O executivo defende um acordo internacional sobre o uso ético da IA, especialmente agora que a tecnologia evolui rapidamente, muitas vezes sem regulamentação adequada. Casos recentes, como o uso de IA para criar deepfakes e golpes telefônicos com vozes falsas, acendem o alerta.
Apesar dos temores, Hassabis vê um futuro onde a IA será uma espécie de “assistente pessoal universal”, ajudando em tarefas diárias, recomendando livros, organizando compromissos — e até sugerindo amigos.
Ele também acredita que a IA não vai acabar com os empregos, mas sim transformá-los. Como em outras revoluções tecnológicas, novas funções devem surgir, embora a sociedade precise encontrar formas de redistribuir os ganhos de produtividade.
Enquanto isso, gigantes como Google, Meta e Anthropic seguem testando os limites da IA. Segundo Hassabis, o caminho é promissor — mas exige vigilância, ética e colaboração global.