Os participantes do mercado financeiro revisaram para cima suas estimativas de crescimento da economia para o atual ano, passando de 2,89% para 2,92%. Essa atualização foi comunicada no relatório “Focus” pelo Banco Central, datado de segunda-feira (25). Esse relatório envolveu a consulta a mais de 100 instituições financeiras ao longo da semana anterior.
Em relação a 2024, a previsão de crescimento econômico permaneceu estável em 1,50%. Essa revisão para cima nas projeções econômicas aconteceu em resposta ao anúncio de um crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, superando as expectativas dos analistas.
No que diz respeito à inflação para o presente ano, os analistas do mercado financeiro mantiveram sua estimativa em 4,86% na última semana. No entanto, é importante notar que a estimativa para a inflação de 2023 ainda permanece acima do limite superior da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para controlar a alta dos preços, o Banco Central está direcionando sua política monetária para a meta do próximo ano e para a meta de 12 meses no início de 2025.
A meta central de inflação para o ano corrente é de 3,25%, sendo formalmente cumprida se a taxa oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com os dados do Banco Central, o mercado financeiro manteve sua estimativa para a inflação de 2024 em 3,86%.
Se as projeções do mercado se concretizarem, será o terceiro ano consecutivo em que a inflação excede a meta estabelecida, o que significa que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanecerá acima do limite estipulado pelo governo. No ano de 2022, a inflação alcançou 5,79%. A alta da inflação tem um impacto negativo no poder de compra das pessoas, especialmente para aquelas com renda mais baixa, pois os preços dos produtos aumentam sem um aumento correspondente nos salários.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma redução da taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 12,75%, o que representa o menor patamar em 16 meses. Essa é a segunda queda consecutiva na taxa, com uma redução de 0,5 ponto percentual. Em agosto, o Banco Central já havia reduzido a taxa, marcando a primeira queda em três anos, de 13,75% para 13,25%. Antes disso, a última redução havia ocorrido em agosto de 2020.
Para o final de 2023, o mercado manteve a projeção de 11,75% para a Selic. Quanto ao encerramento de 2024, a estimativa do mercado para a taxa básica de juros permaneceu inalterada em 9% ao ano. O relatório também não alterou as previsões de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, mantendo-as em US$ 80 bilhões tanto para o ano atual quanto para 2024.