Em um movimento de preocupação crescente, uma autoridade sênior dos EUA fez um apelo contundente nesta quinta-feira (2) para que a China e a Rússia se comprometam publicamente a não permitir que a inteligência artificial tome decisões sobre o uso de armas nucleares.
Paul Dean, responsável pelo controle de armas do Departamento de Estado americano, expressou em um comunicado online uma preocupação genuína sobre a necessidade urgente de garantir que a tomada de decisões relacionadas a armas nucleares permaneça estritamente sob controle humano. Ele destacou que os EUA, juntamente com outros países como França e Grã-Bretanha, já afirmaram seu compromisso com essa norma crucial de comportamento responsável.
“É vital que a China e a Federação Russa também se comprometam com essa declaração”, enfatizou Dean, principal vice-secretário adjunto do Departamento de Controle de Armas, Dissuasão e Estabilidade.
Essas declarações ecoam o temor crescente em relação à integração da inteligência artificial em sistemas militares, levantando preocupações sobre um futuro onde máquinas poderiam ter autonomia para tomar decisões críticas, ecoando os cenários sombrios da fictícia Skynet, da franquia Exterminador do Futuro.
O pedido dos EUA vem em meio a tentativas contínuas da administração Biden de aprofundar discussões com a China sobre política de armas nucleares e o desenvolvimento acelerado da inteligência artificial.
Embora o Ministério da Defesa chinês ainda não tenha respondido ao apelo, a questão da inteligência artificial emergiu como um ponto crucial durante recentes negociações entre altos funcionários dos EUA e da China.
Essas preocupações são parte de um esforço global para evitar um futuro incerto, onde a tecnologia avançada pode comprometer a estabilidade e segurança internacional. Com ambas as potências nucleares expandindo suas capacidades, a comunidade internacional observa atentamente, buscando salvaguardas contra o avanço tecnológico que poderia desencadear consequências imprevisíveis.