Agosto promete ser um mês memorável para os entusiastas da astronomia, com eventos celestes que mantêm os olhares voltados para o céu noturno. Após o espetáculo das Perseidas na semana passada, agora é a vez da primeira de quatro Superluas de 2024 brilhar intensamente nesta segunda-feira (19). E, para tornar a noite ainda mais especial, essa Superlua coincide com uma rara lua azul, um fenômeno que não ocorre com frequência.
A última vez que uma Superlua e uma Lua azul se encontraram no céu foi em agosto de 2023, tornando este evento um marco significativo. Quem perder essa oportunidade terá que esperar até 2037 para testemunhar novamente essa combinação. Embora cerca de um quarto de todas as Luas cheias sejam Superluas, apenas 3% delas são Luas azuis, o que reforça a raridade e o fascínio desse fenômeno.
O que é a Superlua
As Superluas, conhecidas por serem os eventos lunares mais brilhantes e de maior destaque do ano, ocorrem quando a Lua atinge o perigeu, ou seja, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita elíptica. Esse momento de proximidade acentua o tamanho e o brilho da Lua no céu, proporcionando um espetáculo natural imperdível.
De acordo com a NASA, o perigeu situa a Lua a cerca de 363.300 quilômetros da Terra. É nesse ponto que o satélite pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que em seu ponto mais distante, o apogeu, localizado a aproximadamente 405.500 quilômetros de nós.
Apesar de existirem diferentes definições para uma Superlua, Noah Petro, chefe do laboratório de Geologia Planetária da NASA, explica que geralmente considera-se Superlua aquela que ocorre quando a Lua cheia está pelo menos 90% no perigeu. Essa proximidade faz com que a Lua se destaque de maneira especial no céu, encantando os observadores.
Superlua hoje
A Superlua desta segunda-feira será visível a olho nu, sem a necessidade de equipamentos especiais ou de locais específicos para visualização. Shannon Schmoll, diretora do Planetário Abrams na Universidade Estadual de Michigan, destaca que, se o céu estiver limpo, o fenômeno poderá ser visto logo após o pôr do sol. Portanto, basta encontrar um lugar com boa visibilidade e apreciar o espetáculo.
Mesmo que as condições meteorológicas não estejam ideais, Petro lembra que a beleza dessa Superlua pode ser apreciada por até três noites, um pouco antes e um pouco depois do auge do fenômeno. Isso significa que os admiradores da Lua terão mais de uma chance para contemplar a sua majestade no céu.
Embora o termo lua azul sugira uma mudança na cor do satélite, Gordon Johnston, da NASA, esclarece que a Lua não ficará azul. Esse nome, que data de 1528, refere-se à frequência do fenômeno, que pode ocorrer em dois formatos: lua azul mensal e lua azul sazonal. A Lua azul desta segunda-feira é sazonal, sendo a terceira Lua cheia desde o início do inverno, com a quarta Lua cheia prevista para setembro.
Para aqueles que já estão planejando as próximas noites de observação, as Superluas restantes de 2024 ocorrerão em 18 de setembro, 17 de outubro e 15 de novembro. Vale destacar que a Superlua de outubro será especialmente brilhante e estará cerca de 100 quilômetros mais próxima da Terra, oferecendo mais um espetáculo imperdível no céu.
Resumo para quem está com pressa:
- Superlua e lua azul se combinam em um raro fenômeno na noite desta segunda-feira (19).
- Última combinação semelhante ocorreu em agosto de 2023; a próxima será apenas em 2037.
- Superluas são até 30% mais brilhantes que Luas cheias normais, graças à proximidade com a Terra.
- O fenômeno será visível a olho nu, logo após o pôr do sol.
- A lua azul não muda de cor; é uma referência à sua frequência rara.
- Mais três Superluas ocorrerão em 2024, com destaque para a de outubro, que será a maior do ano.