A Netflix já disponibilizou em seu catálogo o desconcertante “Duas Bruxas: A Herança Diabólica“. Mulheres que desafiaram normas sociais, que ousaram enfrentar o proibido, agora renascem das cinzas para espalhar o terror entre os hipócritas e perversos. Isto porque a mística das feiticeiras e seus rituais enigmáticos continua a assombrar nossos pesadelos, e Pierre Tsigaridis desempenha um papel crucial na perpetuação desse mistério, parte no nosso mundo e parte em terras desconhecidas.
“Duas Bruxas: A Herança Diabólica” marca a estreia meticulosa de Tsigaridis como diretor de longa-metragem, enfrentando um oceano repleto de horrores, um desafio que ele abraça com coragem. Assim, o filme presta homenagem a obras notáveis como “A Bruxa” (2015), dirigido por Robert Eggers, e o clássico do terror “O Exorcista” (1973), de William Friedkin, entregando resultados originais que exploram os limites do erotismo e do terror, mesmo que o encontro entre ambos já tenha envelhecido. Como resultado, o verdadeiro horror em “A Herança Diabólica” reside no que permanece nas sombras.
História de Duas Bruxas: A Herança Diabólica
Em meio a um cenário pré-apocalíptico, durante os tumultuosos dias iniciais da pandemia de covid-19, o filme nos lembra que, mesmo em meio ao caos, novas vidas continuam a surgir. De tal forma que, numa cena inicial arrepiante, mostra um bebê chorando, enquanto velas tremeluzem em um espaço amplo, criando uma atmosfera sombria. A história se concentra no desequilíbrio de um casal prestes a se tornar pais. Sarah está grávida, mas Simon parece ter esquecido e oferece um copo de vinho a ela. Assim, a tensão entre os personagens de Belle Adams e Ian Michaels se estende ao público, deixando todos perplexos quanto ao que esperar. Este é apenas o primeiro de dois volumes inseparáveis, em que as protagonistas compartilham um elo carnal, cada uma com seus próprios feitiços sinistros.
Uma cidade sob nuvens cinzentas e uma tempestade furiosa se aproximando são dominadas pelo poder das duas bruxas, e os infortunados mortais sentem sua influência macabra. A narrativa também revela a atuação da bruxa mais antiga, interpretada por Marina Parodi, uma figura horrenda transformada pela maquiagem de Kao Miyamoto. À medida que a veterana dá lugar a Masha, a neta interpretada por Rebekah Kennedy, o espectador se vê envolto em um labirinto de fenômenos sobrenaturais, sem ter certeza do que é real. Nas mãos de Kennedy, Masha personifica a capacidade impressionante de Tsigaridis de confundir o público, explorando sua própria visão distorcida do mundo.
“Duas Bruxas: Herança Diabólica” promete ser uma jornada aterrorizante e enigmática, que nos arrastará para o abismo do desconhecido. Prepare-se para ser dominado pelo horror. O filme já está disponível na Netflix.