Mpox preocupa autoridades de saúde! A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado oficial solicitando que os fabricantes de vacinas contra a mpox apresentem pedidos de análise para o uso emergencial das doses. Este processo é uma medida crucial para acelerar a disponibilização de vacinas que ainda não foram licenciadas. Porem, são necessárias para enfrentar emergências em saúde pública. A OMS destacou que essa recomendação tem validade limitada e baseia-se em uma análise de risco-benefício. Além disso, enfatiza a importância de que os fabricantes comprovem a segurança, eficácia, qualidade e adequação das vacinas para as populações-alvo.
A autorização para uso emergencial é vista pela OMS como um passo essencial para garantir o acesso mais rápido às vacinas. Aliás, especialmente em países de baixa renda que ainda não emitiram suas próprias aprovações regulamentares. Este processo também permite que organizações parceiras, como a Gavi e o Unicef, adquiram e distribuam as doses, acelerando a resposta global à mpox. Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a mpox, ambas recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (Sage).
Situação na África
Recentemente, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou um comitê de emergência para avaliar o surto de mpox na África, especialmente na República Democrática do Congo, onde a doença tem se espalhado rapidamente. A disseminação do vírus, impulsionada por uma mutação recente, aumentou o risco de transmissão internacional, elevando a preocupação global. A situação é particularmente crítica em regiões como a província de Kivu do Norte, onde se registrou casos suspeitos da doença.
A mpox é uma doença zoonótica viral, com transmissão ocorrendo através do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas ou materiais contaminados. Os sintomas mais comuns incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo e linfonodos inchados. Embora a maioria dos pacientes se recupere dentro de um mês com tratamento de suporte, a doença pode ser fatal, especialmente em regiões onde a cepa é mais agressiva, como na República Democrática do Congo, onde a taxa de mortalidade é alta.
Mpox e HIV
Apesar da OMS ter declarado em maio de 2023 que a mpox não era mais uma emergência de saúde pública de importância internacional, o diretor-geral Tedros Adhanom ressaltou que o fim do status de emergência não significa que os desafios impostos pela doença foram superados. A mpox continua sendo uma ameaça significativa, especialmente para indivíduos com infecção por HIV não tratada, e requer uma resposta contínua e robusta por parte dos países.
Em um cenário global onde a saúde pública enfrenta desafios constantes, a agilidade na resposta a surtos como o da mpox é crucial. A OMS continua a alertar sobre a necessidade de manter capacidades de teste, avaliação de riscos e prontidão para ação, especialmente em face de doenças que, embora não mais consideradas emergências globais, ainda representam um perigo considerável para a saúde pública.
Resumo para quem está com pressa:
- OMS solicita que fabricantes de vacinas contra mpox submetam pedidos para uso emergencial.
- Processo visa acelerar a distribuição de vacinas, especialmente em países de baixa renda.
- Tedros Adhanom convocou comitê para avaliar a situação na África e o risco de disseminação internacional.
- Mpox é uma doença zoonótica viral com alta taxa de mortalidade em algumas regiões.
- OMS declarou em 2023 que mpox não é mais uma emergência global, mas a ameaça persiste.
- Continuidade da vigilância e resposta robusta ainda são necessárias.