A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, de banir o X (anteriormente conhecido como Twitter) está abrindo espaço para o crescimento dos concorrentes, especialmente o Bluesky. O Twitter, agora rebatizado como X, é uma das plataformas de mídia social mais conhecidas mundialmente, criada em 2006 por Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams.
Originalmente projetado como um microblog, o Twitter permite que os usuários publiquem mensagens curtas, chamadas “tweets”, com até 280 caracteres. Com o tempo, a plataforma se tornou um espaço vital para debates públicos, notícias em tempo real e discussões culturais. Em 2022, o bilionário Elon Musk adquiriu o Twitter, trazendo uma série de mudanças polêmicas, incluindo o rebranding para X.
Bluesky
O Bluesky, por outro lado, é uma plataforma de rede social que se posiciona como uma alternativa descentralizada ao Twitter. Criado em 2019 com o apoio inicial do próprio Twitter, o Bluesky foi concebido como um projeto para desenvolver um protocolo social aberto, permitindo que diferentes plataformas de mídia social se conectem entre si.
Em 2023, o Bluesky se tornou uma corporação independente de benefício público, destacando-se como uma opção mais livre e menos centralizada em comparação com os gigantes das redes sociais. Desde fevereiro de 2024, quando abriu totalmente ao público, o Bluesky vem atraindo uma base crescente de usuários, especialmente após os desdobramentos legais envolvendo o X no Brasil.
Na última sexta-feira, o Bluesky anunciou que estava atingindo “máximos históricos de atividade”, com 500 mil novos usuários ingressando nos dois dias anteriores. Hoje, a plataforma ocupa a primeira posição no ranking de aplicativos gratuitos para iPhone no Brasil, superando o Threads da Meta, que está em segundo lugar.
Escolha certa
Jay Graber, CEO do Bluesky, comemorou a conquista, dizendo: “Bom trabalho, Brasil, vocês fizeram a escolha certa.” Esse crescimento é ainda mais notável para uma plataforma que, apesar de relativamente nova, já conquistou mais de 6 milhões de usuários até maio de 2024. O Bluesky, com seu modelo descentralizado, permite que os usuários tenham mais controle sobre seus dados e suas interações, oferecendo uma alternativa viável para aqueles que procuram um ambiente menos controlado em comparação com as grandes plataformas centralizadas.
X na batalha legal
Enquanto isso, o X, sob a gestão de Elon Musk, enfrenta uma escalada na batalha legal com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O conflito gira em torno da recusa do X em bloquear certas contas, como parte de uma repressão contra o que Moraes define como desinformação eleitoral.
O X anunciou no início deste mês que poderia encerrar suas operações no Brasil caso as exigências legais não fossem atendidas. Em resposta, Moraes advertiu a empresa de que seria banida caso não nomeasse um representante legal no país. Na última sexta-feira, ele cumpriu a ameaça, além de sugerir a aplicação de multas aos usuários que tentarem contornar o banimento utilizando VPNs.
Resumo para quem está com pressa:
- Decisão judicial brasileira baniu o X (antigo Twitter), beneficiando o crescimento do Bluesky.
- O Twitter, criado em 2006 e rebatizado como X em 2022, é uma das maiores plataformas de microblogging do mundo.
- Bluesky, lançado em 2019 com apoio do Twitter, é uma alternativa descentralizada e independente, com crescimento acelerado em 2024.
- Bluesky registrou 500 mil novos usuários em dois dias e lidera o ranking de aplicativos gratuitos no Brasil.
- CEO do Bluesky elogiou a escolha dos brasileiros em migrar para a plataforma.
- X enfrenta um conflito legal com o STF sobre desinformação eleitoral e pode encerrar suas operações no Brasil.