A SWIFT, rede global de mensagens bancárias, planeja lançar uma nova plataforma nos próximos um a dois anos para conectar moedas digitais de bancos centrais ao sistema financeiro existente. Assim, cerca de 90% dos bancos centrais estão explorando versões digitais de suas moedas para não ficarem atrás das criptomoedas. Desta forma, o objetivo é garantir se possa usar os CBDCs de diferentes países juntos, reduzindo os riscos de fragmentação do sistema de pagamento.
O último teste da SWIFT envolveu um grupo de 38 membros de bancos centrais, comerciais e plataformas de liquidação. Os resultados foram um sucesso, dando à SWIFT um cronograma de trabalho para lançar o produto nos próximos 12-24 meses. A empresa espera manter sua dominância na rede bancária global, que atualmente conecta mais de 11.500 bancos e fundos.
SWIFT – história
A SWIFT se tornou mais conhecida desde 2022, quando cortou a maioria dos bancos da Rússia de sua rede como parte das sanções do Ocidente pela invasão da Ucrânia. Seu último teste envolveu bancos centrais da Alemanha, França, Austrália, Singapura, República Tcheca e Tailândia, além de bancos comerciais como HSBC, Citibank e Deutsche Bank.
Uma vez que se amplie a solução de interligação, os bancos terão um único ponto de conexão global para lidar com pagamentos de ativos digitais. Além dos CBDCs, a SWIFT aponta para uma previsão do Boston Consulting Group (BCG) de que até 2030 cerca de US$ 16 trilhões em ativos poderiam ser “tokenizados”. A empresa vê isso como uma opção escalável para a indústria financeira.