Peter Schiff, o economista que previu a crise financeira de 2008 e um defensor fervoroso do ouro, declarou recentemente que o Bitcoin está “morto”. Apesar de o Bitcoin ser negociado acima de US$ 67.000, Schiff argumenta que a criptomoeda está destinada a declinar, citando seu desempenho recente como evidência.
Desde abril, o Bitcoin apreciou apenas 2%, enquanto a prata registrou um ganho robusto de 21% no mesmo período. Para Schiff, essa disparidade é um sinal claro do fim iminente do Bitcoin. Ele sublinha que o valor de mercado da prata é atualmente de US$ 1,83 trilhão, superando o do Bitcoin, que está em US$ 1,31 trilhão. Para igualar a prata, o Bitcoin precisaria subir cerca de 40%, alcançando aproximadamente US$ 93.000.
Schiff, em seus comentários no Twitter/X, apontou que o ouro também teve um desempenho superior, com um aumento de mais de 1% em um único dia, enquanto a prata subiu quase 4% e o Bitcoin caiu quase 6%. Ele afirmou: “A prata é o novo Bitcoin. É o Bitcoin 2.0“.
Entretanto, os defensores do Bitcoin foram rápidos em refutar as afirmações de Schiff, acusando-o de usar dados de curto prazo de maneira seletiva. Eles destacam que o Bitcoin subiu quase 60% no acumulado do ano, enquanto a prata teve um aumento mais modesto de 14,46% no mesmo período.
Schiff também expressou preocupações sobre a percepção do Bitcoin como equivalente digital ao ouro. Ele argumenta que sua crítica visa corrigir um equívoco perigoso e prevenir que potenciais investidores cometam um erro ao investir na criptomoeda. Schiff prometeu cessar suas críticas se os entusiastas do Bitcoin pararem de compará-lo ao ouro, alegando que sua oposição é uma questão de integridade e não de engajamento nas redes sociais.
Em abril, Schiff criticou a blockchain do Bitcoin por sua lentidão e altos custos de transação, sugerindo que o ouro tokenizado seria uma alternativa mais eficiente. Ele também alertou contra os perigos dos ETFs vinculados ao Bitcoin, enfatizando a volatilidade e os riscos inerentes ao mercado de criptomoedas.