O Brasil garantiu a classificação para a segunda etapa da Copa América com um desempenho nada convincente, trazendo um alívio tanto para os patrocinadores da CBF quanto para os responsáveis pela transmissão. No entanto, a atuação da equipe de Dorival Jr. levantou muitas críticas.
Jogo Truncado e Decisões Polêmicas
A partida começou com o Brasil no ataque e Raphinha abrindo o placar em uma bela cobrança de falta. A vantagem, porém, não durou até o intervalo, já que Daniel Muñoz empatou para a Colômbia nos acréscimos da primeira etapa. A arbitragem, com a ajuda do VAR, foi alvo de reclamações de ambos os lados: o Brasil se queixou de um pênalti não marcado em Vini Jr., enquanto os colombianos protestaram contra uma marcação de impedimento errônea que gerou a anulação de um gol colombiano, que poderia ter dado a vitória ao time Richard Rios e deixaria o Brasil eliminado da Copa já na primeira fase. A equipe de Dorival Jr escapou por pouco de um vexame histórico.
Segundo Tempo Intenso, mas sem Brilho
No segundo tempo, a intensidade aumentou, mas a qualidade do futebol diminuiu. O Brasil, precisando do resultado, não conseguiu se impor e criou poucas chances claras. A principal oportunidade veio nos minutos finais, quando Bruno Guimarães acertou um belo chute que foi defendido pelo goleiro Vargas.
A Colômbia, por sua vez, quase virou o jogo com Rafael Borré, que perdeu um gol incrível. No fim das contas, o empate por 1 a 1 foi suficiente para classificar ambas as equipes: a Colômbia como líder do grupo e o Brasil em segundo lugar.
Análise Crítica
O desempenho do Brasil na fase de grupos foi longe do esperado. Com apenas cinco pontos conquistados em nove disputados, a seleção mostrou muitas fragilidades, principalmente na criação de jogadas e na consistência defensiva. O time de Dorival Jr. foi pressionado e superado pela Colômbia em muitos momentos do jogo, e a incapacidade de manter o controle das ações em campo foi evidente.
Alívio para Patrocinadores e Transmissão
Apesar do futebol abaixo da média, a classificação para a segunda fase traz um grande alívio para os patrocinadores da CBF e para os responsáveis pela transmissão dos jogos. Uma eliminação precoce poderia ter impactos negativos em contratos de patrocínio e na audiência, mas a garantia de mais jogos da seleção brasileira mantém as expectativas de bons resultados financeiros.
Próximos Desafios
No sábado, 06 de julho, a Colômbia enfrenta o Panamá às 19h (de Brasília), enquanto o Brasil joga contra o Uruguai às 22h, em um clássico sul-americano nas quartas de final. Será a chance de a seleção mostrar uma evolução e justificar a confiança de seus torcedores e patrocinadores.
O Brasil nas edições anteriores da Copa América
Nas últimas edições da Copa América, a seleção brasileira apresentou desempenhos variados. Em 2019, jogando em casa, o Brasil conquistou o título sob o comando de Tite, com uma campanha sólida que culminou na vitória sobre o Peru na final. Em 2021, novamente em solo brasileiro, a seleção chegou à final, mas foi derrotada pela Argentina, que quebrou um jejum de 28 anos sem títulos. Antes disso, a participação brasileira foi marcada por eliminações precoces, como em 2016, quando foi desclassificada ainda na fase de grupos, e em 2015, quando caiu nas quartas de final contra o Paraguai. Essas oscilações refletem um período de instabilidade e transição na equipe, que busca retomar a hegemonia continental.